Concordo contigo. A posição da igreja católica em relação ao preservativo é, no mínimo, prejudicial à luta contra a SIDA. Mas o Bispo de Maputo, pelo que diz, já roça a loucura!
A Igreja não é uma associação de luta contra a Sida. É uma organização religiosa privada com regras privadas que pretende orientar o ser humano por um caminho longo e difícil.
Segundo a Igreja, relações intimas só depois do casamento (por vários motivos, confiança, cumplicidade, amor, entrega, dedicação, procriação, etc) e com o objectivo de procriar (por vários motivos também, multiplicação, descendência, amor, retribuição, históricos, etc). Logo, não há qualquer necessidade de usar preservativo.
Preservativo numa relação monógama e exclusiva com o objectivo de procriar não faz muito sentido! Se os crentes decidem ter relações antes do casamento, ignorando as visões da Igreja, não percebo porque é que depois não usam preservativo.
Utilizar a Igreja como bode expiatório parece-me sempre muito errado. Só lá está quem quer. Não podem é estar e olhar para o lado quando não convém e depois culpar quando convém.
É o mesmo com o sacerdócio. Ou se aceitem que para Jesus apenas os homens tinham a capacidade de orientar os fiéis no caminho para o Senhor, ou então muda-se de religião.
O mesmo em relação aos judeus, homossexuais, divorciados, mulheres que tenham abortado, pessoas que se tenham suicidado… quem não concorda devia sair, como certamente faríamos se entrássemos num café e tivesse do lado esquerdo “whites only” e do lado direito “non-whites only”….
Claro que esta visão da Igreja não ajuda a redução dos casos de Sida em África, mas, para a Igreja, há um caminho que tem de ser cumprido na totalidade, com regras e princípios, e não dá para fazer atalhos. Não dá para dizer: “o caminho está no amor e no respeito e devem casar virgens e ficar com aquela pessoa a vida toda mas, se não estiverem para isso, ao menos usem preservativo…”. Desde que não atrapalhe, não vejo porque não.
O problema está quando estados laicos e pessoas inteligentes se deixam guiar por regras que não são ou não deviam ser as suas. Mas disso a Igreja pouca culpa tem.
Quanto ao Arcebispo... endoideceu completamente! Nem vou tentar encontrar atenuantes. Senilidade é, infelizmente, uma coisa que ataca muito boa gente.
3 commentaires:
não é pior que ir para um qualquer país africano dizer que usar o preservativo é pecado... parece que eles é que estão condenados ao limbo!!!! bjs
Concordo contigo. A posição da igreja católica em relação ao preservativo é, no mínimo, prejudicial à luta contra a SIDA. Mas o Bispo de Maputo, pelo que diz, já roça a loucura!
A Igreja não é uma associação de luta contra a Sida. É uma organização religiosa privada com regras privadas que pretende orientar o ser humano por um caminho longo e difícil.
Segundo a Igreja, relações intimas só depois do casamento (por vários motivos, confiança, cumplicidade, amor, entrega, dedicação, procriação, etc) e com o objectivo de procriar (por vários motivos também, multiplicação, descendência, amor, retribuição, históricos, etc). Logo, não há qualquer necessidade de usar preservativo.
Preservativo numa relação monógama e exclusiva com o objectivo de procriar não faz muito sentido! Se os crentes decidem ter relações antes do casamento, ignorando as visões da Igreja, não percebo porque é que depois não usam preservativo.
Utilizar a Igreja como bode expiatório parece-me sempre muito errado. Só lá está quem quer. Não podem é estar e olhar para o lado quando não convém e depois culpar quando convém.
É o mesmo com o sacerdócio. Ou se aceitem que para Jesus apenas os homens tinham a capacidade de orientar os fiéis no caminho para o Senhor, ou então muda-se de religião.
O mesmo em relação aos judeus, homossexuais, divorciados, mulheres que tenham abortado, pessoas que se tenham suicidado… quem não concorda devia sair, como certamente faríamos se entrássemos num café e tivesse do lado esquerdo “whites only” e do lado direito “non-whites only”….
Claro que esta visão da Igreja não ajuda a redução dos casos de Sida em África, mas, para a Igreja, há um caminho que tem de ser cumprido na totalidade, com regras e princípios, e não dá para fazer atalhos. Não dá para dizer: “o caminho está no amor e no respeito e devem casar virgens e ficar com aquela pessoa a vida toda mas, se não estiverem para isso, ao menos usem preservativo…”. Desde que não atrapalhe, não vejo porque não.
O problema está quando estados laicos e pessoas inteligentes se deixam guiar por regras que não são ou não deviam ser as suas. Mas disso a Igreja pouca culpa tem.
Quanto ao Arcebispo... endoideceu completamente! Nem vou tentar encontrar atenuantes. Senilidade é, infelizmente, uma coisa que ataca muito boa gente.
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